A chamada Estrada da Morte, oficialmente conhecida como Camino de los Yungas, é um dos percursos mais temidos do mundo. Logo na primeira vista, o viajante sente a adrenalina pulsar forte, enquanto a vegetação exuberante das Yungas.
Portanto, embarcar nessa aventura é mais do que descer uma montanha de bike: é testar limites, criar histórias inesquecíveis e mergulhar na cultura boliviana em cada trecho do caminho.
Onde fica a Estrada da Morte?
A Estrada da Morte está conectando a capital da Bolívia à região de Coroico, nos Yungas. Situada em meio aos Andes, essa estrada serpenteia entre penhascos e florestas tropicais, com mudanças bruscas de altitude e clima.
Ao longo de seus mais de 60 km, o percurso desce de aproximadamente 4.700 metros até cerca de 1.200 metros, revelando paisagens de tirar o fôlego e desafiando até mesmo os aventureiros mais experientes.
Essa estrada atrai turistas do mundo inteiro por sua combinação única de beleza natural, história trágica e adrenalina. Com vegetação exuberante, formações rochosas imponentes e vistas panorâmicas dos vales andinos, a estrada mistura medo e encanto em cada curva.
Ao contrário do que muitos pensam, sua localização não é remota: ela está a poucas horas de carro do centro de La Paz.
Localização geográfica
A Estrada da Morte Bolívia atravessa a Cordilheira dos Andes, saindo da cidade de La Paz e descendo rumo às florestas úmidas de Coroico. Ela passa por uma região de transição entre o clima alpino e a selva tropical, criando microclimas imprevisíveis.
Esse fator climático, aliado à altitude elevada e à geografia acidentada, contribui para a fama de perigosa e instável.
Altitude e relevo
A estrada inicia a quase 4.700 metros no passo La Cumbre e termina em cerca de 1.200 metros em Yolosa, totalizando uma descida vertiginosa de mais de 3.500 metros.
O relevo acidentado é marcado por abismos de até 800 metros, encostas escorregadias e curvas fechadas, exigindo atenção constante dos viajantes.

Por que a Estrada da Morte é considerada tão perigosa?
A estrada ganhou o apelido de “Estrada da Morte” devido ao elevado número de acidentes fatais ocorridos ao longo de décadas. Seu traçado estreito, sem proteção lateral e com tráfego de mão inglesa, já foi palco de inúmeros desastres envolvendo ônibus e caminhões.
Mesmo com a construção de uma nova rota mais segura, a estrada original continua sendo frequentada por ciclistas em busca de adrenalina.
Além das questões estruturais, as condições climáticas instáveis ampliam os riscos. A combinação de chuva, neblina e terreno enlameado pode transformar um simples passeio em uma experiência de extremo perigo.
Curvas e despenhadeiros
A maioria dos acidentes ocorre em curvas fechadas onde o espaço mal comporta dois veículos. Com largura média de 3 metros, não há margem para erros.
Muitos trechos margeiam abismos sem qualquer barreira de proteção, e a visibilidade reduzida em dias de neblina exige reflexos rápidos e nervos firmes.
Histórico de acidentes
Na década de 1990, a estrada registrava cerca de 200 a 300 mortes por ano, especialmente entre motoristas de ônibus e caminhões. Cruzes e placas ao longo do caminho lembram os que morreram, reforçando o caráter simbólico de cada curva.
Qual a extensão e qual rota da Estrada da Morte?
A Estrada da Morte tem cerca de 64 km de extensão, ligando La Paz a Yolosa, nos arredores de Coroico. Essa rota original, hoje usada majoritariamente por ciclistas e turistas, foi parcialmente substituída por uma via asfaltada e mais segura.
Para quem deseja fazer o percurso completo, o trajeto inclui pontos emblemáticos como La Cumbre, Unduavi, San Juan, e a famosa cascata no meio da estrada. O percurso é geralmente realizado em sentido único, de cima para baixo, por questões de segurança.
Comprimento total
Embora tecnicamente tenha cerca de 64 km, a sensação de tempo e distância pode variar. De bicicleta, o trajeto leva entre 3 e 5 horas, dependendo da experiência do grupo e das condições climáticas.
Já os motoristas experientes chegam a fazer o percurso em pouco mais de 2 horas, com extremo cuidado.
Rota tradicional vs. alternativa
A nova estrada asfaltada, conhecida como “Bypass de Cotapata”, evita os trechos mais perigosos e é a opção preferida para veículos comerciais.
No entanto, a rota original ainda é considerada a mais autêntica e emocionante para os praticantes de cicloturismo e aventureiros em busca da verdadeira Estrada da Morte.

Quando é a melhor época para percorrer a Estrada da Morte?
A melhor época para visitar a Estrada da Morte é entre os meses de maio e outubro, durante a estação seca na Bolívia.
Nesse período, as chuvas são raras, a visibilidade é melhor e o solo fica mais firme, proporcionando uma experiência mais segura e confortável, especialmente para ciclistas.
Apesar disso, a região andina é conhecida por suas mudanças bruscas de clima. Assim, mesmo nos meses mais favoráveis, é importante levar agasalhos, verificar previsões climáticas e preparar-se para variações inesperadas de temperatura e vento.
Condições climáticas
Durante a estação chuvosa, de novembro a abril, o percurso torna-se mais escorregadio, com trechos alagados e visibilidade reduzida. Isso aumenta significativamente o risco de acidentes.
Além disso, quedas de barreiras são mais comuns, exigindo atenção redobrada de motoristas e ciclistas.
Dicas de planejamento
Para garantir uma experiência tranquila, o ideal é iniciar a descida pela manhã, aproveitando a luz do dia e a menor movimentação na estrada.
Empresas especializadas costumam oferecer saídas por volta das 7h e encerram os passeios antes das 15h, respeitando a segurança e o tempo para retorno.
Como se preparar para a aventura na Estrada da Morte?
A preparação para percorrer a Estrada da Morte exige atenção a itens de segurança, condicionamento físico e orientação profissional. Embora a descida seja o ponto alto, o impacto emocional e físico é intenso, e o planejamento adequado faz toda a diferença.
Para garantir uma experiência mais segura e prazerosa, é fundamental observar esses pontos, a saber:
- uso obrigatório de equipamentos de proteção como capacete, joelheira e colete reflexivo;
- acompanhamento de guias experientes e credenciados;
- verificação prévia das condições da bicicleta ou do veículo.
Equipamentos essenciais
Um bom capacete full-face, luvas reforçadas, óculos de proteção e jaqueta impermeável são itens básicos. Além disso, é indicado o uso de joelheiras e cotoveleiras, especialmente em grupos iniciantes.
Caso não tenha os itens, não precisa se preocupar porque muitas empresas de turismo já incluem o aluguel desses equipamentos no pacote.
Quais as orientações de segurança?
Respeitar as instruções dos guias e manter distância segura do ciclista à frente são regras essenciais. Em trechos mais estreitos ou úmidos, a velocidade deve ser controlada rigorosamente.
Evitar parar nas curvas e manter-se à direita são práticas simples, mas muito importantes para prevenir acidentes graves.
Qual a importância de um guia?
Contar com um guia garante não só segurança, mas também um mergulho na cultura andina. Isso porque muitos deles compartilham histórias, lendas e curiosidades do caminho, tornando a experiência mais rica e humana.
Quais são as experiências de descida de bicicleta na Estrada da Morte?
As experiências de descida de bicicleta na Estrada da Morte incluem terrenos variados, desde trilhas úmidas até trechos com cascalho solto, exigindo concentração e equilíbrio constantes.
Em diferentes níveis de dificuldade, o trajeto pode ser adaptado conforme o perfil do grupo. Algumas agências oferecem rotas mais curtas para iniciantes ou trechos intensos para quem busca maior desafio.
Mas, um ponto em comum é a sensação de liberdade ao descer com o vento no rosto, frequentemente descrita como inesquecível.
Níveis de dificuldade
Para iniciantes, há suporte constante dos guias, paradas frequentes e equipamentos adaptados. Já os ciclistas experientes podem optar por descidas com menor número de pausas e foco em performance.
Operadoras recomendadas
Empresas locais com histórico de segurança e bons equipamentos devem ser priorizadas. Ao escolher, verifique avaliações, certificações e se há assistência médica de emergência.
Algumas operadoras também oferecem vídeos personalizados da descida, um bônus para quem quer guardar a memória da aventura.

Quais lições e memórias a Estrada da Morte oferece?
A Estrada da Morte ensina lições valiosas sobre superação, foco e respeito à natureza. Apesar dos obstáculos ao final do percurso, o que permanece é a sensação de conquista e o prazer de ter vivido algo verdadeiramente único.
Para muitos viajantes, esse trajeto representa um marco pessoal. A comunhão entre esforço físico, contemplação da paisagem e convívio com a cultura local transforma a experiência em uma lembrança duradoura. Fotografias e relatos tornam-se mais do que memórias: viram testemunhos de coragem.
Superação e autoconfiança
Ao enfrentar medos e concluir o trajeto, muitos participantes relatam um sentimento de renascimento. A estrada se torna símbolo de força pessoal e de capacidade de enfrentar desafios com determinação e resiliência.
Recordações inesquecíveis
Mais do que uma aventura, a Estrada da Morte oferece momentos de introspecção e conexão com a vida. Risos nervosos, paisagens dramáticas e histórias compartilhadas entre desconhecidos criam vínculos que permanecem muito além do fim da jornada.
O que mais saber sobre a Estrada da Morte?
Veja a seguir as principais dúvidas sobre onde fica a estrada da morte na Bolívia e como se planejar para a viagem.
Onde fica Estrada da Morte?
A Estrada da Morte liga La Paz ao vilarejo de Coroico, descendo dos cerca de 4.700 m dos Andes até 1.200 m da floresta tropical das Yungas.
Essa rota única atravessa penhascos impressionantes e passa por pequenas comunidades andinas, revelando a transição entre ecossistemas montanhosos e tropicais.
Por que a Estrada da Morte é considerada tão perigosa?
Curvas extremamente fechadas e trechos de apenas 3 m de largura sem guard-rail tornam a estrada vulnerável a deslizamentos e erros de condução.
Historicamente, centenas de acidentes com vítimas ocorreram ali, criando fama de intransitável para veículos convencionais e incentivando o turismo de aventura de bike.
Qual a melhor época para percorrer a Estrada da Morte?
A temporada seca, de maio a outubro, oferece condições mais seguras, com menor risco de neblina densa e chuva que torna o solo escorregadio. Ainda assim, é essencial verificar previsões locais diárias e evitar horários de tráfego de veículos de carga na rota alternativa.
Quais equipamentos são indispensáveis para a trilha de bike?
Capacete full-face, luvas reforçadas, óculos de proteção e joelheiras garantem proteção em caso de quedas. Além disso, pneus largos com boa tração, freios revisados e mochila de hidratação aumentam o conforto, assim como um kit de reparo rápido em trechos remotos.
Quanto custa, em média, contratar um tour de bike na Estrada da Morte?
Os pacotes variam entre US$ 50 e US$ 100 por pessoa, incluindo translado de La Paz, guia bilíngue, equipamento básico de proteção e bike. Operadoras locais oferecem opções de meio-dia e dia inteiro, com descontos para grupos e inclusão de almoço típico em Coroico.
Resumo desse artigo sobre Estrada da Morte
- A Estrada da Morte está localizada entre La Paz e Coroico, na Bolívia, com cerca de 64 km.
- É considerada uma das mais perigosas do mundo devido às curvas estreitas e despenhadeiros.
- A melhor época para visitar é na estação seca, entre maio e outubro.
- O trajeto de bicicleta exige preparo físico, equipamentos e orientação de guias experientes.
- A experiência proporciona adrenalina, superação e lembranças profundas e emocionantes.
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